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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Para acabar com um velho sonho, basta realizá-lo


Ela acordou suando novamente, havia tido aquele pesadelo novamente. Sim, aquele que a fazia se arrepiar de medo, aquele que a atormentava o dia inteiro, mesmo quando ela estava acordada, exatamente aquele, que ela estava tendo repetidamente há dez noites. O sonho era sempre o mesmo, acontecia sempre as mesmas coisas, mas mesmo assim ele a fazia suar de medo, ela estava ficando louca, desconfiava de tudo e todos, até mesmo das mais simples coisas e das pessoas que conhecia fazia anos. Ela acordava encharcada, com febre, olhos vermelhos e machucados auto-infligidos por todo o corpo. No final do sonho, Natalie pulava de um grande penhasco e acordava, nunca sonhava até o final para saber o que acontecia. Natalie precisava dar um fim naquilo, já não agüentava mais sofrer daquele tanto, mas é claro que se suicidar não era uma decisão para ser tomada sem refletir sobre, mas seria uma maneira rápida de terminar as coisas , não?*
Depois da escola, ao invés de ir para casa como de costume, resolveu andar pelo parque – as árvores sempre a deixavam mais tranqüila. Já estava escuro quando Natalie percebeu que não sabia mais onde estava, ela sempre dava voltas e voltas pelo parque, mas não estava reconhecendo o local onde estava, ela se perdera por entre as árvores, estava sem noção nenhuma de como voltar para a trilha, quando avistou um penhasco. Chegara a hora do ponto final. Natalie chegou perto do penhasco, e sem olhar para baixo pulou, depois disso, não se lembra de nada, estava tudo preto, podia apenas escutar vozes, mas não conseguia identificar o que as vozes estavam dizendo. Com muito esforço, abriu os olhos vagarosamente, estava tudo muito claro, aos poucos, ela pode perceber que estava em uma sala de um hospital. Havia apenas um pensamento em sua cabeça: aquele seria mais um sonho ou ela escapara por sorte da morte? Para sua surpresa, todos aqueles rostos que a cercavam, todo aquele branco a sua volta, era tudo real, ela estava realmente viva. A primeira pessoa a perceber seus olhos abertos fora sua avó, que apesar de quase cega, estava, fazia horas, observando a neta, com muita dor e esperança. A alegria invadiu a sala 45 do hospital, mas foi rapidamente interrompida, os médicos pediram para que a família deixasse a sala, assim Natalie teria um tempo para se recuperar e entender melhor o que estava acontecendo. Os médicos foram explicar a situação para Natalie, ela pediu para que parassem, disse que sabia exatamente o que havia acontecido: como, no sonho, ela pulou do penhasco, terminando aquele ciclo de pesadelos, ela havia tido, depois de vários dias, uma noite de sono tranqüila, sem nenhum pesadelo, agora ela poderia voltar a viver como uma pessoa normal, estava confiante, ela estava feliz. Sorridente disse finalmente e levantou-se da cama para dar um abraço em seus familiares.
***
*= essa frase foi acrescentada para o Once Upon a Time.

2 comentários:

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