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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Mar de flores


-Hoje eu quero te levar a um lugar especial !-exclamou Francisco enquanto tomavamos café da manhã.
-Esta bem.-respondi duvidosa- Que tipo de lugar especial?
-Um lugar do tipo muito especial.
-Hmm...Interessante. Posso saber que lugar é esse?
-Mas é claro que não!-exclamou- É uma surpresa. –acrescentou com ar misterioso- E não me pergunte mais nada.
Vinte minutos depois eu estava sentada no banco do carona com os olhos vendados. Francisco dirigia a 60km/h como de costume. Ele ligou o som.  A nossa musica estava tocando. Sim, aquela melodia suave que nos dava vontade de dançar-dançar ballet, claro-, aquela do nosso primeiro beijo. Lago dos Cisnes era realmente uma musica incrivel–não tenho culpa se nos conhecemos nos ensaios de ballet-!

Assim que chegamos ele abriu a porta do carro para mim como um verdadeiro cavalheiro. Nesse momento pude sentir uma leve brisa esvoaçar os meus cachos ruivos e alguns delicados raios de Sol encostarem na minha bochecha. Ele me guiou até o topo de uma colina e pediu para que eu sentasse. A grama que atravessava a toalha colocada no chão fazia cocegas na parte descorberta da minha perna.
Ele tirou a venda dos meus olhos e so então eu pude ver onde nos estavamos. O lugar era lindo, tão lindo que chegava a ser irreal. O céu esta azul, mas não um azul qualquer, um azul vivo, brilhante. O Sol brilhava como nunca iluminando todas as flores da colina. Essas por sua vez formavam um mar de flores coloridas e reluzentes. Algo me dizia que eu já estivera ali outras vezes, o lugar me era familiar embora não conseguisse recordar . No chão uma tolha, na toalha uma porção de comidinhas. Era um piquenique. O mais belo de todos os piqueniques, disso eu tinha certeza.
-Você se lembra?-perguntou Francisco interrompendo os meus pensamentos.
-Se eu me lembro? Do quê exatamente?-respondi perguntando.
-Há quatro anos, eu te trouxe aqui, nesse mesmo lugar. Talvez você não se lembre, ele não era tão bonito quanto é hoje. Eu venho cuidando dessa colina desde o dia em que eu te trouxe aqui para que essa se tornasse nosso refugio. Queria tornar esse lugar especial, um cantinho para nos.-com um pouco de esforço eu começava a me recordar da colina. Ela estava realmente muito mudada, a grama cinzenta sem vida deu lugar as flores reluzentes. Foi nessa colina que ele havia me pedido em namoro, como eu pudera me esquecer? –Há quatro anos, nessa mesma colina, eu te pedi em namoro. Hoje, eu te peço em casamento –disse erguendo uma aliança de outro branco com um pequeno diamante no meio- Querida Antonieta, meu amor, minha vida, minha amiga, você aceita se casar comigo?
Eu estava sem palavras, fora tão tola ao não reconhecer o lugar, ao não me lembrar do nosso aniversario de namoro. Como pude ser tão tola? Mas nesse momento nada disso importava. Senti uma lagrima correr pela bochecha que outrora os raios delicados do Sol aqueceram, depois outra, e outra, e assim sucessivamente. Disse “sim” com o rosto molhado de alegria.
Passamos o resto do dia alegres, rindo, comendo, rolando colina abaixo pelo mar de flores. Sem duvidas a melhor tarde de segunda-feira da minha vida.

2 comentários:

  1. Nossa, que lindo, um dia irei de fazer isso, um dia...
    Parabens pelo post e pelo blog em si.
    Gostei muito desse texto! ><

    parabens, bjs
    e até o proximo post, rs

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  2. Obrigadaa *-*
    Faça mesmo, tenho certeza de que a sua noiva vai amar, rs.
    Até la, rs.

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